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Eu!

Que eu faça um mendigo sentar-se a minha mesa, que eu perdoe aquele que me ofende e me esforce por amar inclusive o meu inimigo, em nome de Jesus Cristo, tudo isto, naturalmente, não deixa de ser uma grande virtude.

O que faço ao menor dos meus irmãos é ao próprio Cristo que faço.
Mas o que acontecerá, se descubro, porventura, que o menor, o mais miserável de todos, o mais pobre dos mendigos, o mais insolente dos meus caluniadores, o meu inimigo, reside dentro de mim, sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?  Carl Gustavo Jung.

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Mais self, menos selfie

Nos Estados Unidos existe uma expressão que não tem correspondente em português: o "me time". Temos aqui o tal “tempo para mim”, mas não acho que seja a tradução correta. Esse“tempo do eu” (em tradução mais do que livre) não tem tanto a ver com as horas do dia que sobram para fazer coisas pessoais (ler aquele livro que estava parado no criado-mudo ou fazer o tratamento estético de que provavelmente você não precisa), mas sim com as horas do dia em que ficamos a sós conosco. Um tempo para curtir a solidão. Hoje temos muito pouco “tempo do eu”. O mundo digital e suas demandas sociais fazem com que nunca estejamos sozinhos. A lógica das redes sociais de quantificar nosso sucesso através de likes e RTs nos faz perder a noção de quem realmente somos. Vivemos em função daquilo que outros atribuem a nós. Se posto uma selfie no Instagram e recebo dez likes, isso constrói meu caráter e minha persona. Se ninguém curte o que posto, acho que tenho algum problema, que minha v

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